Estava
correndo os olhos sobre o caderno especial das Olimpíadas de um jornal carioca
e me deparei com a foto da namorada do nadador norte-americano, ganhador de
medalha, que registrou boletim de ocorrência por um suposto assalto que ele e
mais três companheiros teriam sofrido, numa manhã olímpica dessas aí.
E senti
pena do cara. Ele ganhou a medalha e perdeu a namorada, que não engoliu a
desculpa esfarrapada, mal e porcamente alicerçada na famosa insegurança
carioca, que o mancebo criou, a fim de justificar a volta tardia para a concentração.
Aliás as imagens das câmaras de segurança do momento da reentrada do Quarteto
Pinóquio na Vila Olímpica, veiculadas por jornal britânico, são peça a
desmontar a versão dada.
Segundo
me parece pelo que o zunzunzum murmureja, os quatros foram para a esbórnia,
perderam a hora – o abestado deixou sua belíssima namorada esquentando
travesseiros no hotel – e não lhe sobrou alternativa a não ser, para aliviar a
barra, colocar mais uma caca no já combalido prestígio da nossa segurança
pública. Para maquinar sua história, ele usou o princípio do “que é um peido,
quando já se está cagado?”.
A ele
o que importaria um assalto a mais, mesmo que a notícia tivesse eco
internacional, sobretudo se não é seu país, se não se trata de sua cidade? Às
favas qualquer prurido ético com os esculhambados brasileiros, mas não posso
perder a coelhinha da Playboy!
E se
lascou o mané! A notícia que li é que a bonitinha já deu linha na pipa e não
quer mais saber do nadador-armador, que, inclusive, se escafedeu para o recesso
do lar nos Esteites, antes mesmo que voltasse à delegacia para prestar mais
esclarecimentos. O que aliás ocorreu com dois outros comparsas, me desculpem,
companheiros de esbórnia, retirados do voo da volta, para abrir o bico diante da
autoridade policial. Aos conformes, cambada!
É claro
que este incidente não gerará nenhuma guerra como a que está gerando a defesa
incondicional do Biscoito Globo. Não invadiremos a redação do jornal nova-iorquino,
nem sua página na Grande Rede. Mas também há de repercutir quando a verdadeira
versão dos fatos emergir do fundo dessa piscina turva.
PS: Este texto foi atropelado pelo contexto. Mais tarde soube pelo noticiário das rádios que a versão não foi a apresentada pelos rapazes. E ficou tudo muito pior ainda. (Agora são 21h59, momento em que acrescento este post-scriptum.)
Pois é.... tudo depende da zona de conforto. Tudo mundo é bonzinho até que saia do seu habitat. Aí ninguém é de ninguém e dane-se a verdade.
ResponderExcluirQue coisa... o negócio tomou dimensões internacionais... De qualquer forma, ponto para o Brasil!
ResponderExcluirConheço um amigo de turma que faz jus a esta medalha , sg Orlando .
ResponderExcluirSempre há alguém ao nosso lado com tal medalha no peito, Orlando. Obrigado pela leitura e o comentário.
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